O PROJETO DE SALVAÇÃO
Deus criou o homem para Sua gloria, a fim de
que este de relacionasse com Ele. A bíblia descreve o homem como sendo a “coroa da Sua criação” ao passo que nem
mesmo os anjos conseguem compreender o tamanho amor de Deus por nossas vidas. Satanás
havia sido expulso das regiões celestiais logo após a sua rebelião, e lançado
na terra com os demais anjos que o seguiram (Is 14.12-17; Ez 28.13-18; Lc
10.18; Ap 12.7-9), quando a terra foi recriada mediante ao caos de sua queda,
ele estava aqui e contemplou toda a criação e percebeu o profundo amor de Deus
para com o homem, durante o processo de sua criação (Gn Cap. 1 ao 3). Quando
ele induziu o homem ao erro por meio da mulher, que é vaso mais frágil (Gn
3.1-7; I Pe 3.7), Satanás que veio ao mundo senão para
“roubar,
matar e destruir;” (Jo 10.10a) e era até então era o ser “mais astuto” (Gn 3.1a) da criação,
pensou que ao induzir o homem ao erro, se acenderia a ira do Senhor contra ele,
este por sua vez seria exterminado pelo seu pecado.
De certa forma Satanás
estava correto, pois quando ele pecou, recebeu o justo castigo do seu erro (Ap 20.10 – “O Diabo, que as enganava, foi
lançado no lago de fogo que arde
com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão
atormentados dia e noite, para todo o sempre”). Mas ele não conhecia algo
chamado “graça”, pois o Senhor não havia sido misericordioso para com ele, mas
sim justo.
Precisamos perceber que
quando pecamos, nosso pecado fere a santidade de Deus, que por sua vez aciona a
justiça de Deus que aplica em nós o castigo pelo nosso erro, o “salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).
Diante desta verdade, o diabo esperava que após o homem estivesse em estado de pecado, Deus aplicasse a morte
a ele, pois só depois de ser satisfeito a justiça é que poderá ser aplicado a
misericórdia ou o amor.
Deus por sua vez, ao
amar o homem, sacrifica em seu lugar um animal (Gn 3.21) aplicando sobre este
animal a Sua justiça e uma vez que a justiça de Deus estando satisfeita, sobra
para o homem o perdão e o profundo amor de Deus.
Aleluia, quando o diabo
pensava que havia vencido, foi surpreendido, por uma maravilhosa promessa: “Então o Senhor Deus declarou à serpente:
Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o
descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar"
(Gn 3.14a-15).
O CUMPRIMENTO DA PROMESSA
Deus inicia o Seu maravilhoso
projeto de resgate da humanidade logo após a queda do homem. No Antigo
Testamento contemplamos Deus revelando sua salvação por meio de 05
dispensações:
1. Inocência
(Deus se revela ao homem)
2. Consciência
(Deus se revela por meio da natureza criada e por meio do juízo consciente do
homem)
3. Governo
humano (Deus ao colocar um freio na geração que caminhava desenfreada na
maldade por meio do dilúvio, estabelece uma aliança com Noé e sua família,
instituindo o governo humano, na qual os líderes ou governantes teriam a
responsabilidade de ensinar seus liderados a amarem e temerem ao Senhor).
4. Promessa ou
Abramica (Deus se revela a Abraão e lhe promete um descendente, que “por meio dele, todas as família da terra
serão benditas”).
5. Lei (Deus se
revela por meio da Lei entregue a Moisés).
Uma dispensação foi mais eficaz que
a outra, o pecado é um estado e um ato e não uma opção, e está impregnado na
natureza do homem. Sendo assim, o homem se tornou escravo dos seus deleites e
totalmente incapaz de satisfazer os requisitos divinos para obter a Salvação.
Não foi capaz de conhecer a Deus e obedecê-lo na primeira dispensação.
Na segunda sua consciência se
contaminou com o pecado ao passo que aquilo que era errado passa a ser certo e
o que erra proibido passa a ser permitido pela consciência com o senso de
justiça deturpado e contaminado pelo pecado.
Na terceira dispensão vemos os
governos humanos se corromperem pelo poder, ganância e outros sentimentos
pecaminosos, como foi o caso da torre de Babel (Gn 11.1-9).
Na quarta dispensação os filhos de
Abraão se desviaram na promessa e não se mantiveram firmes como seu pai,
perdendo sua visão.
Na quinta dispensão a nação de
Israel não compreendeu o propósito de Deus em ser um instrumento em suas mãos
para evangelizar o mundo, sem contar no fato de que o povo por inúmeras vezes
romperam a sua aliança com Deus. Na antiga aliança (A Lei) o pecador tinha que
se apresentar diariamente perante o Senhor na Tenda do Concerto, e o sacerdote,
sacrificava um animal de acordo com o descrito na Lei. O pecador colocava a não
na cabeça do animal e por meio de uma oração cerimonial, transferia seu pecado
para o animal, que era de-golado e seu sangue apresentado ao Senhor, uma vez
que a justiça divina se encontrava satisfeito pela morte do animal, ao homem
pecador era aplicado o amor divino. Toda vez que o Senhor olhasse para o
adorador, via nele o sangue do animal imolado, e lembrava-se que uma vida havia
sido dada pela remissão deste pecador, e Deus se relacionava com ele. Mas a Lei
por sua vez não se tornou eficiente para redimir o homem, pois este devido sua
degradação moral, não podia cumprir os requisitos da Lei, e esta por sua vez,
só cobria com o sangue do animal sacrificado o pecado do pecador, mas não
mudava seu estado e sua natureza pecaminosa em uma natureza santa.
A GRAÇA
Cada dispensação demonstrava o
profundo amor de Deus pela humanidade caída, pois em cada uma, o homem não pode
cumprir sua parte na aliança com o Senhor, por este motivo, Deus em sua
infinita misericórdia, apresentava uma nova dispensação com o intuito de que o
homem se santificasse e se relacionasse com Ele.
Todas as
dispensações apontavam para aquela que seria a culminante, a dispensação da “Graça”.
O próprio Deus, por meio de Seu único filho unigénito
(da mesma natureza) se revelou e se manifestou a humanidade. Quando Jesus morreu
na cruz do calvário, Ele estava tomando nosso lugar, e sofren-do por meio de
nossa condenação. Como o pecado entrou no mundo por meio de um homem (Adão), a
salvação entra no mundo por meio de um único homem, Jesus de Nazaré.
Jesus nasceu da mulher, de uma forma
milagrosa, pois a criança foi gerada no ventre de Maria, quando esta ainda era
virgem e não conhecia homem (Lc 1.26-35). Jesus foi gerado pelo Espírito Santo
no ventre de uma mulher, desta forma sua natureza divina foi preservada sem ter
contato com o pecado, embora Ele fosse homem, também era Deus e não possuía a
natureza caída do homem, e Nele nunca houve “nenhuma violência nem houvesse nenhuma men-tira
em sua boca” (Is 53.9). Somente Cristo
pode cumprir os requisitos da justiça divina.
Ao ser pendurado no
madeiro “Cristo nos redimiu da maldição
da Lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito:
"Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro" (Gl 3.13).
O profeta Isaías no Cap.
53 profetiza o perfeito sacrifício de Cristo (leia este ca-pítulo).
SALVOS PELA FÉ
A salvação é mediante a fé no filho
de Deus, pois somente por meio do sacrifício de Cristo na cruz do calvário o
homem pode ser liberto de uma vez por todas das garras do pecado e ser
transformado em uma nova criatura (mudança de natureza, João 3).
O que salva
o homem não é o sistema religioso nem a nossa justiça ou bondade. A bíblia
descreve que um homem chamado Nicodemos, extremamente religioso, foi procurar
Jesus, o Mes-tre lhe ensinou que embora Nicodemos seja fiel a um sistema
religioso e este cumpra seus deveres de justiça para com a sociedade, somente a
obra redentora de Cristo poderia con-duzilo a vida eterna com Deus. O homem
precisa nascer de novo (Jo Cap. 3), ser uma nova criatura, ao aceitar Jesus
como salvador e confessa-lo diante dos homens, sua natureza pecaminosa é
arrancada e uma natureza divina, por meio do sangue de Jesus nasce no pecador
arrependido. Agora toda vez que Deus olhar para o pe-cador, o Senhor não verá
mais seus pecados, mas sim o sangue do cordeiro em sua vida, e este é o que
habilita o adorador a ver a face do Senhor diante do trono da Graça.
Por isso por mais justo e correto
diante dos olhos humano, o homem não pode se salvar, e não á ninguém, senão
Cristo Jesus que pode transformar a sua natureza pecaminosa na natureza de
redimido, de um filho de Deus (Jo 1.12).
O QUE APRENDEMOS?
Somente por meio do sacrifício de Cristo na cruz do
calvário e do seu sangue é que podemos
obter o perdão dos nossos pecados e a remissão
eternar. O homem por si, não pode alcançar o padrão de justiça estabelecido
por Deus para satisfazer seus requisitos de santidade, já visto que ele possui
uma natureza caída e propensa ao erro. Por mais justo ou honesto, rico em
bondade e generosidade que o homem seja, a salvação da sua alma só pode ser
realizado por meio do filho de Deus. Para tal ele necessita aceitar a Cristo
Jesus como seu único e suficiente salvador, conforme declara as escrituras
sagradas em Romanos 10.8-11.
By Pastor Eduardo Rodrigues
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