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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Seis Hábitos para ser um líder de pequenos grupos bem sucedido




SEIS HÁBITOS PARA SER UM LÍDER DE PEQUENOS GRUPOS BEM SUCEDIDO

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“Como este líder pode multiplicar sua célula seis vezes? Ele não tem entusiasmo suficiente, tão necessário para a multiplicação de um grupo”. Então, em minha entrevista, Carl Everett, o homem chamado de Sr. Multiplicação”, confirmou minhas suspeitas e disse-me que ele era uma pessoa muito tímida. “Como você multiplicou seu grupo tantas vezes?”, perguntei-lhe.“Oração, oração e oração”, ele disse-me.

Carl e sua esposa Gaynel, lideram uma célula no Bethany World Prayer Center em Louisiana, EUA. Sua preparação para a célula inclui jejum e oração no dia do encontro da célula. Antes do encontro, eles ungem a comida, a calçada, o jardim, todos os cômodos da casa e até mesmo todos os lugares que serão ocupados durante a reunião. Eles esperam até o término da reunião (durante a confraternização) para comerem. O exemplo dos Everett não é comum no Bethany. Um dia de jejum e oração são são suficientes para o início de novas células e para o sucesso evangelístico, enquanto outros permanecem estagnados? Visitei oito igrejas em células muito proeminentes na busca desta resposta. 

Mais de 700 líderes de células responderam minha pesquisa de 29 questões dizendo ater-se ao treinamento, posição social, devoção, educação do líder de célula, preparação do material, idade, dons. Esta análise estatística ajudou-me a descobrir padrões em comum em oito culturas diferentes. Descobri, por exemplo, que líderes de células bem sucedidos são diferentes entre si. A unção para ser um líder de sucesso não pertence a alguns poucos. Alguns acreditam que tais líderes são dotados de maneira especial, são mais cultos e possuem personalidades mais vibrantes que outros líderes. Enganam-se. Tanto cultos quanto incultos, casados ou solteiros, tímidos ou extrovertidos, dotados para professores ou para evangelistas, multiplicam igualmente seus pequenos grupos. 

Entretanto, várias características distinguem líderes bem sucedidos. Estes diferenciais estão relacionados às atitudes que uma pessoa toma como parte de sua rotina semanal. E isto não tem nada a ver com personalidade, origens ou há quanto tempo ela é cristã. Ao contrário disso, líderes de células bem sucedidos incorporam certos hábitos à sua rotina diária. Você pode juntar-se a eles.

VIDA DEVOCIONAL CONSISTENTE

“Eu quase não pude acreditar que o presidente dos Estados Unidos gostaria de encontrar-se comigo! Certamente, você pode imaginar que eu me preparei para este encontro especial. Senti-me honrado. Cheguei na Casa Branca horas antes para estar pronto na hora do encontro. Que honra estar na presença do Presidente da República!”

O relato acima ilustra os sentimentos em relação a um encontro importante. Eu nunca me encontrei com o Presidente, mas alguém infinitamente maior deseja encontrar e conversar comigo todos os dias - Jesus Cristo. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. 
A vida de um líder de célula bem sucedido começa e termina com Deus. Só Deus pode nos dar sucesso. Minha observação de líderes de célula, mostrou claramente que o tempo despendido com Deus é o princípio mais importante por trás de um líder de célula bem sucedido. Um líder cheio do poder e do amor de Jesus Cristo sabe como ministrar a um membro de grupo magoado, com lidar com o falante ou como esperar para responder a uma pergunta.  

“Por que, então, os líderes de células não priorizam este tempo apropriadamente? Há, pelo menos, três obstáculos. O primeiro e mais importante é a sonolência. Nós todos temos lutado contra a sonolência durante nossas devocionais. Nunca me esquecerei do conselho de David Cho sobre as devocionais da madrugada: “Saia da cama!” Na cama, uma oração profunda pode facilmente tornar-se um sono profundo! Ao invés disso, levante-se, lave seu rosto, tome café ou faça algum exercício, se necessário. Deixe o sangue correr.
 
Outro impedimento é nossa mente. Eu tenho me aproximado do trono de Deus apenas por lutar contra meus pensamentos "o que aquela pessoa pensou de meus comentários na noite anterior, ou quando eu tenho que lavar o carro." “Seus pensamentos, Senhor, não os meus” é a batalha nas devocionais. Peça a ele que tome posse de seus pensamentos no “quarto de escuta”.

Falta de tempo é outro problema. Deixe a mentalidade do fast-food para o Mc Donald’s. Para que seja possível beber o máximo do Divino, você deve empregar tempo em meditações profundas. Como diz o salmista, as profundezas chamam às profundezas (Salmo 42:7). Não deixe seu tempo de devocional se não tiver sido tocado por Deus, se não tiver sentido o ardor de Sua glória. É necessário um longo tempo para o Trono de Deus. Uma ou duas visitas não serão suficientes.

VIDA FAMILIAR EQUILIBRADA

Tudo cheirava a sucesso. As células estavam multiplicando. A igreja estava crescendo e experimentando a salvação e a cura. Mas como membros falaram, era evidente que muitos líderes de células estavam sofrendo em suas vidas pessoais. Estavam ocupados todas as noites da semana. Um pastor disse certa vez: “Não é uma contradição ser bem sucedido como ministro da célula mas falhar com a família?” Claro que é! Na vida de um líder de célula bem sucedido, a família  tem primazia. Deus deseja maximizar nosso trabalho como líderes de célula, mas não às custas da vida de nossa família. 
  
O ministério da célula é um assunto da família e isso significa aproximar a sua família . O melhor é colocar sua família dentro do ministério da célula. Por exemplo, seu adolescente pode dirigir a célula das crianças ou dirigir o louvor. Suas crianças podem dirigir o quebra-gelo. Minha esposa, Celyce e eu, ministramos juntos, como um time, em nossa célula. Ela prepara o quebra-gelo e a confraternização. Eu preparo o louvor e a lição. Quando ela está liderando o grupo, eu cuido de nossas crianças de 2 anos de idade. De mesma maneira, ela faz este trabalho quando eu estou ministrando.

Depois dos encontros da célula, nós conversamos e analisamos o trabalho. Certa vez Celyce me disse: “Joel, você deve ser mais gentil com Inez. Eu sei que ela fala muito, mas você deveria ter lidado melhor com a situação.” “Não queria ter ouvido isso”, eu pensei. Mas era o que eu precisava ouvir. Nossa intimidade cresce conforme nós pastoreamos o grupo juntos e, abertamente, discutimos os detalhes de cada encontro, compartilhando as observações e aprendendo juntos. Este retorno sincero também nos ajuda a amadurecermos como líderes de célula. 

DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇA

George Whitefield e John Wesley foram contemporâneos no século XVII na Inglaterra. Ambos dedicaram suas vidas ao trabalho do Senhor em um pequeno grupo na Universidade de Oxford. Ambos eram excelentes em pregações ao ar livre. Eles testemunharam milhares de conversões como fruto de seu ministério. John Wesley deixou prá trás uma igreja com 100.000 membros enquanto que George Whitefield não pôde nunca apontar um único fruto concreto de seu trabalho, até o fim do seu ministério. Por que? Wesley dedicou-se ao treinamento de líderes de pequenos grupos, enquanto que Whitefield manteve-se ocupado demais pregando e ministrando. 

Sim, é excitante liderar um grupo de célula. Mas, como será seu grupo quando você o deixar nas mãos de seu atual auxiliar? Ele continuará a existir ou terminará?  Você olhará para trás, para sua liderança, com alegria quando rever os grupos que você deixou prá trás, ou você ficará imaginando porquê tanto esforço resultou em tão pouco?

Todos nós somos vítimas da tirania da urgência. A lição da célula precisa ser perfeitamente adequada, alguém precisa fazer a confraternização, alguém precisa de uma carona, e isso, e aquilo, e aquilo... a lista é interminável.  Os líderes de célula podem ser oprimidos por louvores, quebra-gelos, telefonemas, visitas, etc. Tudo demanda atenção imediata. Quais são as prioridades? Um líder de célula pode julgar: “Isto eu farei, aquilo, não!”? Sim. Líderes bem sucedidos analisam a urgência das necessidades da célula atual em função da importância que isto terá para as células filhas.  Devido a isso, eles dão seu tempo prioritário treinando novos líderes. Essa priorização em levantar liderança, direciona os líderes atuais a empregarem tempo qualitativo com líderes em potencial. Como conseqüência, membros comuns de célula tornam-se líderes visionários. 

O sucesso da liderança de uma célula é claro: quantos líderes têm sido destacados, treinados e iniciado um trabalho? O levantamento de futuros líderes é o estilo de vida bíblico: Moisés tutorou Josué e Elias treinou Eliseu. Os apóstolos foram recrutados e treinados por Jesus. Barnabé discipulou Paulo que, por sua vez, desenvolveu Timóteo. O Senhor tem trazido futuros líderes ao seu grupo. Você os está desenvolvendo?

CONVIDANDO PESSOAS          

A maneira de levantar os futuros líderes de seu grupo é convidando pessoas para a reunião e continuar sempre convidando. A maioria dos líderes de célula ouvem as promessas bem inten-cionadas daqueles que falharam em continuar. “Steve prometeu vir”. “Eu me preparei para receber  quatro pessoas que não vieram”. Você já ouviu estes comentários antes? Você mesmo já chegou a fazê-los alguma vez? Bem-vindo à liderança da célula! 

Líderes experientes entendem que devem convidar pessoalmente 25 pessoas para 15 dizerem que virão. Destes 15, entre 8 a 10 pessoas realmente aparecerão. Destes, 5 ou 7 freqüentarão regularmente após uma semana ou mais. Não permita que a rejeição o desencoraje.  Líderes bem sucedidos não dependem de dois ou três comprometimentos verbais.  Eles convidam pessoas novas constantemente. 

Um grupo no Bethany World Prayer Center encontrava-se fielmente todas as semanas, mas experimentavam pouco crescimento. Um dos membros tinha freqüentado anteriormente um grupo que havia se multiplicado. Após analisar ambos os grupos, ele disse: “Na outra célula, nós tínhamos um fluxo constante de visitantes.”

Outra célula estava comemorando o nascimento de um novo grupo. O líder testemunhou que o grupo passou por um período difícil. Com apenas seis pessoas, o grupo fez “tudo certo” para ganhar não-cristãos e receber visitantes, mas poucos visitaram e menos pessoas ainda permaneceram. Mesmo assim, eles permaneceram tentando e orando e convidando até que eles se separaram. Vários visitantes começaram a freqüentar e convidaram seus amigos. Por esta célula ter resistido ao desencorajamento, a multiplicação aconteceu.

Líder: você deve responsabilizar-se, pessoalmente, pelo convite de novas pessoas. A composição certa de pessoas para o seu grupo está bem diante de seus olhos. Sangue novo na célula lhe traz vida nova. Novatos revigoram o grupo com sua presença. Continue convidando e não desista. 

VISITAS

Luis Salas tem um grande mapa, bem manuseado, pendurado na entrada de seu apartamento em Bogotá. Este “mapa de guerra” está repleto de nomes de membros de célula em potencial. “Eu estou sempre sonhando e orando sobre novas pessoas para convidar para a célula,” ele disse. “Todos os dias eu me lembro deles e, às vezes, faço um contato pessoal com eles.”

Em apenas 18 meses, Luis multiplicou sua célula original 250 vezes porque ele está sempre procurando por membros em potencial. Mais importante do que isso, ele dá continuidade ao trabalho depois de sua visita. Alguns deles tornam-se membros e até líderes. 

Se você deseja que sua célula cresça e se multiplique, uma chave fundamental para o evangelismo eficaz é o contato imediato com os visitantes. Quando alguém novo vier para o grupo, agende uma visita logo em seguida, envie um cartão ou pegue o telefone e faça uma ligação. O ditado é verdadeiro: “As pessoas não se importam com o quanto você sabe, até que elas saibam o quanto você se importa.” 

EVANGELISMO NATURAL

Os membros novos sentem-se livres para compartilhar quando percebem uma atmosfera de aceitação e de amor no grupo. A “atmosfera do grupo” é a forma mais eficaz de expor a verdade do evangelho a não-cristãos. 

Durante um encontro da célula, o líder René Naranjo, no Equador, começou uma lição sobre como Jesus purificou o templo (João 2). A discussão transcorreu desde o templo judaico até nossos corpos como templos de Deus e a célula como templo de Deus, hoje. René guiou a discussão quando necessário, mas a conversação fluiu naturalmente e ordenadamente. Um casal falou pouco, mas foram convidados a expressar seus pensamentos. Este casal não tinha um relacionamento pessoal com Jesus Cristo e ninguém os tinha confrontado com as Boas Novas do evangelho, até então. Eles sentiram-se à vontade para expressar seus pensamentos. René encerrou a célula dizendo que, se alguém quisesse receber Jesus Cristo, fizesse uma simples oração com ele e viesse até ele após o término da reunião. 

Nos últimos seis meses, René implantou três células filhas. Ele, pessoalmente, supervisiona estas células e discipula os líderes. Na sua célula, os não-cristãos sentem-se confortáveis para expressar suas opiniões e ele, gentilmente, lhes aponta o Salvador. 

Você deseja atrair não-cristãos ao seu grupo? O evangelismo na célula não tem uma abordagem programática e limitada. Antes ,é um processo pessoal de compartilhar as Boas Novas sobre o perdão dos pecados e a nova vida em Jesus. Devido à atmosfera de intimidade e cuidado dos pequenos grupos, o evangelismo acontece naturalmente. 

PARÁBOLA DOS TRÊS JARDINEIROS

Um homem tinha um lindo jardim que lhe rendia bons alimentos em abundância. Seu vizinho, observando isso, plantou seu próprio jardim na primavera, mas não fez nada com ele: não aguou, não cultivou ou adubou a terra. No outono, seu jardim estava devastado, cheio de ervas daninhas e não tinha produzido fruta alguma.  Inicialmente, ele concluiu que jardinagem não funcionava. Depois de refletir um pouco mais, ele achou que o problema era o solo ruim ou sua falta de “jeito” para lidar com a terra. Enquanto isso, um terceiro vizinho começou um jardim. Apesar deste jardim não ter frutificado logo no início com o primeiro, ele trabalhou duro e continuou aprendendo. Pondo em prática novas idéias, ano após ano, sua colheita era cada vez mais abundante. 

A verdade desta parábola é óbvia. Eu viajei o mundo inteiro para descobrir o segredo do crescimento de pequenos grupos e os mesmos princípios fizeram diferença no crescimento e na estagnação de células. Oração, trabalho duro, a aplicação rígida de princípios comprovados não é tudo na experiência de líderes bem sucedidos. As reflexões feitas aqui, funcionarão se você estiver disposto a pagar o preço. A adoção destes hábitos requer tempo e esforços. 

Líderes bem sucedidos empregam tempo buscando a face de Deus e são dependentes Dele para darem a direção ao seu grupo. Primeiramente, eles se preparam e então voltam sua atenção à lição. Eles oram diligentemente por seus membros, como também por contatos com não-cristãos. Mas tais líderes não oram apenas. Eles descem do topo da montanha e interagem com pessoas reais, cheias de problemas e dor. Eles pastoreiam os membros de sua célula e os visitam regularmente. Eles convidam novas pessoas, visitam os recém-chegados e evangelizam naturalmente em seus pequenos grupos. Desenvolvendo esses hábitos, qualquer líder de célula pode conduzir seu grupo ao crescimento e à multiplicação. Isso está no coração de Deus e é Sua Grande Comissão. Como você está? 

COMO VOCÊ ESTÁ?

 
Descubra seus pontos fortes e fracos na liderança. Responda a essas questões individualmente, em um encontro com seu supervisor de área, pastor ou auxiliar. Atenção: não há líderes ou auxiliares perfeitos. Olhe para seu ministério honestamente e sem medo. Isso lhe abrirá portas para crescimento e para que o espírito santo aja através de você.



By Joel Comiskey
Tradução Pr Eduardo Rodrigues


 Extraído: 

domingo, 2 de junho de 2013

TRÊS HISTÓRIAS E UM DESTINO

TRÊS HISTÓRIAS E UM DESTINO

Grande filme com a trilha sonora cantada pelo cantor brasileiro Tales Roberto. Conta três impactantes histórias, e fim que o Senhor nosso Deus dá a cada uma delas.

Um ótimo filme para assistir em família, em célula ou em pequenos grupos.

 

 

 


terça-feira, 28 de maio de 2013

A PASCOA DO ANTIGO TESTAMENTO

A PASCOA DO ANTIGO TESTAMENTO

Êxodo 12:1 - 13:16

 

 


A páscoa é para Israel o que o dia da independência é para um país, e mais ainda. O último juízo sobre o Egito e a provisão do sacrifício pascoal possibilitaram o livramento da escravidão e a
peregrinação do povo para a terra prometida. A páscoa é, segundo o Novo Testamento, um símbolo profético da morte de Cristo, da salvação e do andar pela fé a partir da redenção (I Coríntios 5:6-8). Além do livramento do Egito, a páscoa se constituiu em primeiro dia do ano religioso dos hebreus e o começo de sua vida nacional. Ocorreu no mês de Abibe (chamado Nisã na história posterior), que corresponde aos nossos meses de março e abril.
A palavra "páscoa" significa "passar de largo", pois o anjodestruidor passou de largo as casas onde havia sido aplicado o sangue nas ombreiras e na verga da porta. Os detalhes do sacrifício e as ordenanças que o acompanhavam são muito significativos.

a) O animal para o sacrifício devia ser um cordeiromacho de um ano, isto é, um carneiro plenamente
desenvolvido e na plenitude de sua vida. Assim Jesus morreu quando tinha 33 anos aproximada-mente. O cordeiro tinha de ser sem mácula. Para assegurar que assim fosse, os israelitas o guardavam em casa durante quatro dias. De igual maneira Jesus era impecável e foi provado durante quarenta dias no deserto.

b) O cordeiro foi sacrificado pela tarde como substituto do primogênito. Por isso morreram os primogênitos das casas egípcias que não creram. Aprendemos que "o salário do pecado é a morte", porém Deus proveu um substituto que "foi ferido pelas nossas transgressões".

c) Os israelitas tinham de aplicar o sangue nas ombreiras e na verga das portas, indicando sua fé pessoal. No Cristianismo não basta crer que Cristo morreu pelos pecadosdo mundo; somente quando pela fé o sangue de Jesus é aplicado ao coração da pessoa está ela salva da ira de Deus. O anjo exterminador representa a sua ira.

d) As pessoas tinham de permanecer dentro de casa, protegidas pelo sangue. "Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?" (Hebreus 2:3).

e) Tinham de assar a carne do cordeiro e comê-la com pão sem fermento e ervas amargas. O fato de assar em vez de cozer o cordeiro exemplifica a perfeição do sacrifício de Cristo e o fato de que deve ser recebido por completo (João 19:33, 36). Assim como os hebreus comeram a carne que lhes daria força para a peregrinação, por meio da comunhão com Cristo o crente recebe força espiritual para segui-lo. O pão sem fermento simbolizava a sinceridade e a verdade (I Coríntios 5:6-8) e as ervas amargas provavelmente representavam as dificuldades e as provações que acompanham a redenção.

f) Os israelitas deviam comê-lo em pé e vestidos comoviajantes a fim de que estivessem preparados para o momento de partida (12:11). Assim o crente deve estar pronto para o grande êxodo final quando Jesus vier (Lucas 12:35). Desejando Deus que seu povo se lembrasse sempre da noite do seu livramento, instituiu a festa da páscoa como comemoração perpétua. A importância desta festa é demonstrada pelo fato de que na época de Cristo era a festa por excelência, a grande festa dos judeus. O rito não só olhava retrospectivamente para aquela noite no Egito mas também antecipadamente para o dia dacrucificação. A santa ceia é algo parecido com a páscoa e a substitui no Cristianismo. De igual maneira, esta olha em duas direções: atrás, para a cruz, e adiante, para a segunda vinda (I Coríntios 11:26).
Dali para a frente, os israelitas haviam de consagrar aoSenhor, para serem seus ministros, os primogênitos dentre seus filhos, e também os de seus animais, pois pela provisão da páscoa os havia comprado com sangue e pertenciam a ele. Os que nasciam primeiro dentre os animais se ofereciam em sacrifício, exceto o jumento, que era resgatado e degolado, e assim também os animais impuros em geral (13:13; Levítico 27:26, 27). Os primogênitos do homem eram sempre resgatados; depois os levitas foram consagrados a Deus em substituição deles (Números 3:12, 40-51; 8:16-18). A aplicação espiritual ensinaque Deus nos redime para que o sirvamos: "Ou não sabeis. . . que não sois de
vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus" (I Coríntios 6:19, 20).


By Pr Eduardo Rodrigues

terça-feira, 21 de maio de 2013

Agir de Deus na História


 Agir de Deus na História
Testemunho de Vida 


Impactante este relado de um sobrevivente da II Gerra - Veja o agir de Deus e seja edificado.

Durante o almoço de hoje eu estava assistindo um documentário no canal História, entitulado: "Arquivos Secretos da Segunda Guerra". Este documentário conta relatos reais, com fotos e vídeos de soldados norte americanos sobreviventes dos campos de batalha. 

Foi quando ouvi um relato impactante: o Capitão do exército americano Charles Scheffel estava liderando a primeira companhia dos aliados a chegarem a fronteira ocidental da Alemanha nazista após a libertação da França. Sua companhia a semanas perseguia em batalhas sangrentas na zona rural da Bélgica, as forças alemãs que estavam recuando  à pátria. Entre as fronteira ocidentais da Bélgica e França, havia a maior linha de devesa já construída da história. Uma imensa fortaleza de protegia toda a frente ocidental alemã chamada: Siegfriend de Hitler. A 3km de distância o capitão conta que os soldados de frente da sua companhia começaram a ser dizimados pela defesa alemã. Derrepente ele se viu caído ao chão atordoado. Quando se deu por conta, seu soldado rádio operador estava em pedaços ao seu lado. Ele sente uma terrível dor e não consegue mecher o braço esquerdo. Com o braço direito ele toda em uma imensa placa de aço enterrada em seu estómago, um estilha em sua cocha esquerda e ombro esquerdo, outro no olho esquerdo e um dos dedos arrancados da mão esquerda. 
Ele pesou: "Vou morrer, meu Deus vou morrer!". 
Após alguns segundos ele cai em si que ainda estava vivo e que havia uma hipótese, tinha de encontrar um médico. Com o braço direito ele se rasteja até uma vala a sua frente, a uns 5m de distância. Quando ele cai dentro de sua vala, havia um soldado lá dentro, ele olha e pergunta:
"Quem é você?
Sou médido. Responde o soldado. 
"Qual o seu nome? - pergunta o capitão.
- Eu sou JESUS! - Responde o soldado.

O capitão hoje com 95 anos esta salvo e é crente em Jesus, pois o Senhor se revelou a ele no campo de batalha. O interessante é que na companhia dele o único médico não se chamava Jesus e até os dias atuais, não se sabe o paradeiro deste tal médido que operou e salvou o capitão dos seus ferimentos mortais.

Assim Deus se revela em nossa história, cuidando de nossas feridas e lutando ao nosso lado contra o terrível inimigo de nossas almas.

Te amo Jesus!


By Pr Eduardo Rodrigues

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO - PNEUMATOLOGIA




 A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

(PNEUMATOLOGIA)

 




1      INTRODUÇÃO

A doutrina do Espírito Santo, a julgar pelo lugar nas Sagradas Escrituras, figura um lugar de preponderância de outras verdades da redenção. Com exceção da segunda e terceira epístolas de João, todos os demais livros do Novo Testamento contêm referências ao Espírito Santo. Cada um dos Evangelhos começam com a ação do Espírito Santo no plano redentivo da humanidade.
No entanto, devemos admitir, esta é a "doutrina negligenciada". O formalismo e o medo do fanatismo tem provocado uma reação contra a necessidade de enfatizar o Espírito Santo na vida do crente.
Naturalmente, isso resultou na frieza espiritual, porque não pode háver cristianismo vivo, sem a presença do Espírito Santo. Só ele pode dar efeito ao que Cristo tornou possível, por meio de sua obra.

Ignacio, um dos Bispos da igreja primitiva, disse em certa ocasião: “A graça do Espírito Santo é o que estabelece a ligação vital entre o mecanismo de resgate e alma individual. Aparte o Espírito, a cruz jaz inerte, um vasto mecanismo em repouso. Somente após a ligação ter sido garantido, você pode continuar o trabalho de levantar a vida do indivíduo por meio da fé e do amor, para o lugar que foi preparado na igreja de Deus.”
É essencial que os crentes reconheçam a importância do Espírito Santo no plano divino da redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (2 Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo.
 Através da Bíblia, o Espírito Santo é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2 Co 3.17,18; Hb 9.14; 1 Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O Espírito Santo não é mera influência ou poder e nem uma energia de Deus como afirmam os Testemunhas de Jeová. Ele tem atributos pessoais e faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com Jesus (Jo 14.16-18,26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo Deus vivo e infinito em nossas vidas, digno da nossa adoração, amor e dedicação (Mc 1.11).

2      A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO

2.1  Sua Deidade

Sua divindade é demonstrada através dos seguintes fatos: As Escrituras Sagradas lhe conferem atributos divinos, tantos Naturais quanto Morais.
Ele é eterno, onipresente, onipotente e onisciente (Hb 9.14; Sl 139.7-10; Lc 1.35; 1 Co 2.10-11). As Escrituras lhe atribuem operações divinas, tais como: criação, regeneracão e ressurreição (Gn1.2; Jó 33.4; Jn 3.5-8; Rm 8.11). Ele está no mesmo nível de divindade e exaltação que o Pai e o Filho, possuindo a mesma natureza e essência que Eles (1 Co 10.4-6; 2 Co 13.14; Mt 28.19; Ap 1.4).

2.2  Sua Personalidade

Muitos crentes nos dias atuais não acreditam no Espírito Santo como sendo uma pessoa, dotado de sentimentos e personalidade própria, assim como os Testemunhas de Jeová e os Adventistas do Sétimo Dia, tratando-no como um ser impessoal ou uma energia, como por exemplo, o ar que enche o óleo da unção, como um fogo que ilumina e dá calor, como água que Deus derrama em abundância. No entanto, todos estes são apenas meros símbolos utilizado pelos escritores sacrados para descrever suas várias operações, embora isso nada fale de sua personalidade, não quer dizer que Ele não a tenha, pois outros textos bíblicos lhe conferem personalidade. A Escritura descreve sobre a personalidade do Espírito Santo de tal maneira, que não deixa dúvidas sobre o assunto.
Veremos agora alguns exercícios dos atributos de sua personalidade: intelecto (Rm 8.27); vontade (1Co 12.11) e sensibilidade (Ef 4.30). Habilidades e atividades pessoais Lhe são atribuídas. É Ele que inspira (2 Pe 1.21);  ensina e faz lembrar (Jo 14.26), testemunha a nosso favor (Gl 4.6); intercede (Rm 8.26); fala (Ap 2.7); ordena (At 16.6-7) e testemunha da verdade acerca de Jesus o filho de Deus (Jo 15. 26). Ele pode ser entristecido (Ef 4.30) ou se pode mentir para Ele (At 5.3) ou até mesmo contra Ele, e ainda pode-se blasfemar (Mt 12.31-32).           
Sua personalidade também é indicada pelo fato de que o Espírito Santo se manifesta sob a forma visível de uma pomba (Mt 3.16) e também porque é Ele quem opera e distribui, como lhe convém os seus dons (1 Co 12.11).
Talvez alguns tenham negado a personalidade ao Espírito Santo porque as descrições que deles são feitas pelas Escrituras, não lhe atribuem corpo ou forma física. Mas a personalidade e as qualidades corpórea, devem ser distinguidos um do outro, pois para se ter persona-lidade, segundo a própria pscologia moderna, não se é necessariamen-te preciso de um corpo físico.
Personalidade é algo que tem inteligência, sentimentos e vontade própria, capaz de fazer escolhas por meio de análises, amar de demonstrar seus sentimentos, realizando suas próprias escolhas, baseado em suas análises, o que não precisa  necessariamente um corpo para isso. Além disso, a falta de forma definitiva não é um argumento contra a realidade de sua personalidade e existência. O vento é real e ainda não tem forma (Jo 3.8). Não é difícil de termos uma idéia de Deus, o Pai ou o Senhor Jesus Cristo, o Filho, como dotados de personalidade, mas alguns são incapases de compleender a personalidade do Espírito Santo. A razão é dupla. As primeiras operações do Espírito Santo ao longo das Escrituras são invisíveis, secretas e internas. Em segundo lugar, o Espírito Santo nunca fala de si mesmo ou representa a si próprio.  Ele age sempre em nome de outro, atrás do Senhor Jesus e nas profundezas de nosso homem interior. Ele nunca chama a atenção para si, mas à vontade de Deus e a obra Salvadora de Cristo. Pois "Ele não fala de si próprio" (Jo 16.13).
Sua personalidade é diferente e separada da de Deus Pai e do Deus Filho. O Espírito Santo procede de Deus, enviado por Deus, é presente de Deus ao homem. E, no entanto, o Espírito Santo não é independente de Deus, tudo que Ele faz ou deseja, esta em comum acordo com a vontade e os atos de Deus. Sempre representa a Deus, e atua nas áreas do pensamento, vontade e atos divinos. Tudo que Ele faz e opera no seio da igreja e em favor dela, o faz para que Cristo seja engrandecido, reconhecido e glorificado. O Espírito Santo é muito amado pelo PAI e pelo FILHO, ao passo que qualquer pecado cometido contra Ele, não será perdoado (Lc 12.10). Como pode o Espírito Santo tornar-se um com Deus, além de Deus, é uma parte do mistério da Trindade. O que as Escrituras deixam claro é que Ele é Deus, e um em Deus.

2.3  Seus Símbolos

As Escrituras usam vários símbolos para representar o Espírito Santo, com propósito de nos ajuda a compreender melhor sua pessoa e obra. Neste estudo, observaremos apenas alguns, os que nos são mais comum, as quais são:

a) Vento (Ez 37.9; Jo 3.8; 20.22; At 2.2): Tal como o vento, o Es-pírito  atua imprevisível e invisivelmente, porém são percebidos seus efeitos. O Espírito é soberano, invisível e indescrutável. Ele contém vida em si próprio.
b) Pomba (Lc 3.22): Representa amor, graça, pureza, simplicidade e a inocência. Manifestando assim a sua santidade.
b) Óleo e Azeite (Lc 4.18; At 10.38; Ex 27.20-21; 1 Sm 16.13; Zc 4.2-6; 11b 1.9): O óleo era usado para ungir sacerdotes, reis e profetas. O Espírito nos unge com poder para o serviço do Senhor. O azeirte era utilizado para fornecer energia as lâmparinas antigamente, Ele nos ilumina e glorifica a Cristo por meio das nossas obras, nos possibilitanto viver nas luzes, como filhos de Deus. O Espírito Santo é a fonte de renovação constante do óleo divino. A unção do Espírito traz alegria.
e) Fogo (At 2.3,4; Lc 3.16-17): O Espírito Santo queima tudo dentro de nós que não está em conformidade com a vontade de Deus, bem como julga as nossas atitudes.
f) Águas Vivas (Jo 7.37-39; Jo 4.14; Is 44.3): O Espírito Santo produz vida onde antes havia terra seca. É o mesmo Espírito que produz uma vida frutífera e derrama bênçãos sem medida sobre a vida do crente fiel.
g) Selo (Ef 1.13; 4.30; 2 Co 1.22): O selo com o Espírito Santo é nossa marca de que somos agora propriedades de Deus e nos dá a segurança da sua fidelidade e cuidado. O gado, e até mesmo os escravos, eram marcados com um selo pelos seus donos. Deus colocou em nós o Seu Espírito a fim de marcar-nos como sua propriedade exclusiva e particular.

3      O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

Batismo no Espírito Santo é uma experiência de se receber um revestimento de poder (Lc 24.49), um batismo com fogo (Mt 3.11), onde a pessoa é preenchida, e envolvida com a glória de Deus. O batismo no Espírito significa a plenitude do Espírito possuindo a plenitude do homem.
Os propósitos do batismo no Espírito Santo, são de capacitar os crentes para realizarem grandes obras em nome de Jesus (Jo14.12,16-18; Jo 16.14), dando a eles a capacidade para testemunhar de forma eficaz sobre o Evangelho (At 1.8); Por meio do batismo recebemos a identidade de filhos de Deus, herdeiros e co-herdeiros com Cristo (Ef 1.13), pois em nós opera e habita o mesmo espírito que operou e habitou em Cristo.
Quando somos batizados no Espírito Santo, nos tornamos mais sensíveis contra o pecado (Jo 16.8), procuramos viver uma vida que glorifica a Cristo (Jo 16.13-14; At 4.33); estamos habilitados a sermos usados pelo Espírito para entregarmos mensagens proféticas e que edificam a igreja (At 2.4-17; 1 Co 14.2, 15), recebemos visões da parte do Espírito (Ap 1.19-20) e manifestações de dons espirituais (1 Co 12.4-10); Por fim adquerimos maior desejo de orar e de interceder (At 2.21-42; Rm 8.26), nos aproximando assim de Deus e tempo maiores intimidades com aquele que é santo.

3.1  Quem pode recebe o batismo

  1. Os que professam a fé em Jesus Cristo (Jo 14.12-17; At 2.38-4;
  2. Os que buscam c obedecem a Deus (At 5.32);
  3. Os que se consagram e se dedicam a Ele (2 Tm 2.21);
  4. Os que desejam ardentemente esta bênção (Jo 7.37-39);
  5. Os que pedem a Deus em oração (Lc 11.13; Rm 8.14-17).

3.2  Porque devo ser batizado?

  1. Mais sensibilidade contra o pecado (Jo 16.8);
  2. Uma vida que glorifica a Cristo (Jo 16.13-14; At 4.33);
  3. Mensagens proféticas e louvores (At 2.4-17; 1 Co 14.2, 15);
  4. Visões da parte do Espírito (Ap 1.19-20);
  5. Manifestação de dons espirituais (1 Co 12.4-10);
  6. Maior desejo de orar e interceder (At 2.21-42; Rm 8.26).
 Todos nós precisamos ser cheios do Espírito Santo. Nós somos uma geração profética que não pode abrir mão da unção do Espírito para fazermos o bem, curar todos os oprimidos do diabo e anunciar o evangelho de Cristo. Somos ungidos para vencer as hostes de Satanás e nunca para sermos vítimas de seus ardis.

3.3  Qual é a evidência do batismo?

         Algumas igrejas pentecostais acreditam e defendem que a evidência do batismo no Espírito Santo é o falar em línguas estranhas, baseados nos texto de Atos capítulo 2. A bíblçia descreve que a evidência do batismo não é o falar em línguas, mas sem o receber um ou mais dos 09 dons que Cristo dá a igreja, conforme veremos a seguir. No dia da descida do Espírito Santo em Atos 2, a bíblia descreve que o Espírito Santo foi visto "como"  bolas de fogo sobre a cabeças dos discípulos e estes logo começaram a falar "noutras línguas". Luscas descrevo a experiência como algo sobrenatural, de forma que falta-lhe vocabulário terreno para descrever, por isso ele compara com algo de possamos compreender. Em Jerusalém havia imigrantes de todas as partes do mundo antigo da época, povos de várias línguas e nações. Um barulho ensurdecedor provinha das ruas, cheia de gentes que gritavam, cantavam, discutiam misturtados com os gritos de vendedores ambulantes, animais e tropas romanas passavam de luado para o outro tentando manter a ordem. A descida do Espírito Santo tinha de ser algo marcante, pois era o início da igreja. Por isso Ele desceu como que um vento barulhento e impetuoso, ao passo que seu som superou os de fora do cenáculo, chamando a atenção de todos que estavam na rua, como uma grande bombo explodindo. Logo os discipulos passaram a falar em linguas que eles não conheciam e nem sabiam falar: grego, italiano, latin, árabe, alemão e vai a fora; de forma que a mensagem do evangelho passou a ser anunciado a povos não alcançados. O início da igreja logo foi marcado por missões transcuturais no poder e unção do Espírito Santo. Foi para atender a uma necessidade expecífica que o Espírito Santo ensinou aos novos crentes a falarem em línguas (não celestiais) terrenas, mas extranhas a eles. Isso não é uma evidência, mas uma forma maravilho de Cristo distribuir seus dons a igreja. Leia Atos capítulo 2.    


 4      OS DONS ESPIRITUAIS

A Bíblia fala do "dom do Espírito Santo" (At 2.38; 10.45) e dos "dons do Espírito Santo" (Co 12.1,4). A palavra "dom" refere-se à experiência de ser batizado no Espírito. Nesse caso, o Espírito Santo é a dádiva divina. O termo "dons" refere-se à liberação de capacidades sobrenaturais de Deus na vida do cristão.
Os dons espirituais são manifestações do poder de Deus através de seus servos, levando-os a conhecer, falar ou realizar coisas que naturalmente não lhes seria possível.

4.1  Por que devemos conhecer os dons do Espírito?

  1. Porque é uma mensagem importante dentro da Bíblia;
  2. Porque Deus declara que não quer que sejamos ignorantes quanto ao assunto (1Co 12.2);
  3. Porque evidenciam a unidade do Corpo, a Igreja (Rm 12.5; Ef 4.1-3);
  4. Porque eles servem para aperfeiçoar os crentes (Ef 4.12a);
  5. Porque aparelham os crentes para o serviço cristão (Ef 4.12b);
  6. Porque os dons são o instrumento de Deus operando na vida de cada cristão, visando à edificação do corpo espiritual, a Igreja (1 Pe 2.9; Ef 4.16);
  7. Porque a cada crente, Deus concede um dom (1 Co 12.7: "cada um ") que o capacita a dar a sua contribuição peculiar ao Reino de Deus.

5      A DIVERSIDADE DE DONS MINISTERIAIS

Por causa da ênfase que se tem dado à lista de dons que aparece em 1 Coríntios 12, há uma tendência comum de se pensar que só existem nove dons espirituais. Mas veremos que há no Novo Testamento referência a outros dons concedidos pelo Espírito Santo. No quadro abaixo listaremos os dons no geral, sejam ministeriais ou manifestações espirituais na igreja. Mas, logo após, trataremos detalhadamente dos dons espirituais de 1 Coríntios 12.
 
RELAÇÃO DOS DONS NO NOVO TESTAMENTO
Referência Bíblica                                  Dons Espirituais    
Romanos 12.6-8
Profetizar, ministrar, ensinar, exortar, contribuir, pre-sidir, exercer misericórdia.
1 Coríntios 7.7-11
Celibato
1 Coríntios 12.8-10
Palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons de curar, operações de milagres, profecia, dis-cernimento de espíritos, variedade de línguas, inter-pretação de línguas.
1 Coríntios 12.28
Apóstolos, profetas, mestres, operadores de mila-gres, dons de curar, socorros, governar, variedade de línguas.
Efésios 4.11-14
Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mes-tres.
1 Pedro 4.11
Falar (ensinar), servir ou administrar

Em 1 Coríntios 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras há ensinos sobre os mesmos.

1) Palavra de Sabedoria (At 6.3; 1 Co 12.8; 13.2,9,12) – É uma enunciação do Espírito Santo aplicando a Palavra de Deus, ou sua sabedoria, a uma determinada situação. Exemplos: Estêvão (At 6.10) e Tiago (At 15.13-21).
2) Palavra de Conhecimento (At 10.47,48; 13.2; 15.7-11; 1 Co 12.8; 13.2,9,12; 14.25) - É uma enunciação do Espírito Santo revelando conhecimento a respeito de pessoas, circunstâncias ou verdades bíblicas. Exemplos: Pedro (At 5.9,10).
3) (Mt 21.21,22; Mc 9.23,24; 11.22,24; Lc 17.6; Al 3.1 -8; 6.5-8; I Co 12.9; 13.2; Tg 5.14,15) - É a fé sobrenatural comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o homem a crer em Deus, para a realização de milagres. Exemplos: Um centurião (Mt 8.5-13); uma mulher enferma (Ml 9.20-22); dois cegos (Ml 9.27-29); uma mulher cananéia (Mt 15.22-28); um leproso (Lc 17.11-19).
4) Cura  (Mt 4.23,24; 8.16; 10.1,8; Jo 6.2; At 4.30;  5.15.16;  19.11.12:  I Co 12.9.28,30) - É a restauração da saúde de alguém por meios sobrenaturais divinos. Exemplos: As curas realizadas por Jesus e pelos apóstolos.
5) Operação de Milagres (Mc 3.15; Lc 4.40,4 l;Jo 7.3; 10.25,32; At 2.22,43; 8.6,7; Rm 15.19; 1 Co 12.10,29; Gl 3.5). Exemplos: Os milagres de Jesus e os milagres dos apóstolos.
6) Profecia (Lc 12.12; At 2.17.18; 1 Co 12.10; 13.9; 14.1-32; 11-4.1 I: I Ts 5.20.21; 2 Pe 1.20.21; 1 Jo 4.1-3) - É a capacidade momentânea e especial para transmitir mensagem, advertência, exortação ou revelação da parte de Deus sob o impulso do Espírito Santo. Exemplos: Isabel (Lc 1.40-45): Maria (Lc I 46-55); Zacarias (Lc 1.67-79); Pedro (At 2.14-40; 4.8-12); doze homens de Éfeso (At 19.6); quatro filhas de Felipe (Al 21.9); Ágabo (At 21.10,11).
7) Discernimento de espíritos (1 Co 12.10; 14.29) - É a capacidade especial para julgar, se profecias e outras enunciações so-brenaturais provêm do Espírito Sanio. Exemplos: Pedro (At 8.18-24); Paulo (Al 13.8-12 e 16.16-18).
8) Falar noutras línguas ( 1 Co 12.10,28,30: 13.1: 14.1-40) - É um dom que permite ao crente expressar-se, sob a influência di-reta do Espírito Santo, numa língua que não aprendeu e nem conhece. Exemplos: Os discípulos (At 2.4-11); Comélio e sua famí-lia (At 10.44, 45; 11.17); os crentes de Éfeso (Al 19.2-7); Paulo (1 Co 14.6, 15,18).
9) Interpretação de línguas (1 Co 12,10,30; 14.5, 13.26-28) - É a capacidade especial para interpretar o que é falado em línguas estranhas, pelo Espírito.





By Pastor Eduardo Rodrigues


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