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segunda-feira, 26 de março de 2012

Oração, o Diálogo da Alma com Deus


DEFINIÇÃO DE ORAÇÃO


1. Definição: Ato de aproximação a Deus, por meios de palavras ou pensamentos, através da fé em Cristo Jesus o filho de Deus e mediante a acção intercessora do Espírito Santo. Por meio da oração o homem penetra na presença do trono da graça do Todo Poderoso, e derrama a sua alma em profunda adoração e comunhão com o seu criador.
Em oração o crente em Cristo Jesus, adora a Deus, engrandece seu Santo Nome, encontra consolo e paz para sua alma por meio da manifestação da presença divina. Intercede pelos salvos e não salvos, colabora no crescimento do reino de Deus nesta terra, e muda a história de nações inteiras, bem como conquista vitórias e bênçãos almejadas.
A oração nos aproxima a Deus, e por meio desta aproximação, nosso carácter e personalidade são aperfei-çoados a perfeita imagem de Cristo. Assim como Moisés resplandeceu a glória de Deus ao descer da presença de Deus, manifestada no monte Sinal, o crente ao se apresentar a Deus em oração, reflecte ao mundo a glória de Cristo, aqueles que andam em trevas, distante do amado Salvador. (Ex 34.29-30; Jo 15.16; Rm 8.26; I Ts 5.18; I Jo 5.14; I Sm 12.23)

2.  Fundamentos da doutrina da oração: A doutrina da oração tem seus fundamentos:

a) Nos ensinos bíblicos;
b) Da necessidade de o homem buscar a Deus;
c) Nas experiências dos homens e mulheres  que perfilaram em desejar a presença de Deus;
d) A convicção de que Ele é bom para nos atender as petições;
e) O testemunho do Espírito Santo ao nosso espírito, de que Deus comprirá em nossas vidas a Sua palavra de fidelidade;

II. OS PROPÓSITOS DA ORAÇÃO

 O pastor inglês Mathew Henry, discorre sobre os propósitos da oração: “Quando Deus pretende dispensar grandes misericórdias a seu povo, a primeira coisa que faz é inspira-los a orar”
Certo pregado disse: “O diabo rir de nossas pregações, zomba de nossa sabedoria, mas estremece diante de nossas orações.” 

1.  Buscar a face do Todo Poderoso: “Quando tu disseste: Buscai o meu rosto, o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei” (Sl 27.8).
A um clamor que quase sempre não se percebe, pois é sufocada pelas laburias do cotidiano, a voz do Espírito de Deus, almejando a comunhão com o homem, em oração. Chegou o momento de deixar-mos de buscar as mãos de Deus e buscar a Sua face; O pastor norte-americano Warren W. Wiersbe exorta-nos: "Não se limite a buscar a ajuda de Deus. Almeje a sua face. O sorriso de Deus é tudo o que você precisa para vencer as ciladas humana.”
Conhecer as expressões da face de Deus dever ser a ambição de todo crente pois este é o maior desejo do Senhor para nossas vidas.
Na oração modelo do Pai nosso, Jesus nos ensina que buscar a fase do Senhor Deus deve ser nossa prioridade, pois ele inicia a oração disendo: “Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o seu nome.”
Nos dirigimos a Deus no mais elevado grau de intimidade, como filhos, nos apresentamos a Ele em pessoa nos céus, e temos a revelação de seu nome que é santo.

2.  Demonstrar nossa gratidão por sua graça: Nossa oração deve ser focado na pessoa divina, e não em nossas necessidades. Pois uma vez que atraímos a atenção de Deus para nossas vidas e temos o Seu olhar voltados para nos, nossas petições e necessidades são por ele atendidas. Na oração modelo, o Senhor Jesus manifesta sua profunda gratidão e adoração ao Pai Celeste, elevando seus anciãos e desejos ao nível do desejo do coração do Pai, “Venha a nós o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como nos céus”.
Egoísta não era o coração do salmista. Num dos mais belos cânticos da bíblia, manifesta ele toda a sua gratidão ao Senhor:”Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Pagarei os meus votos ao Senhor, agora, na presença de todo o seu povo” (Sl 116.12-14).

3.  Interceder pela manifestação do Reino de Deus: Na oração modelo, o Senhor Jesus nos ensina que devemos desejar, e buscar em oração, que o Reino de Deus seja revelado e manifesto entre os homens. No antigo testamento, os judeus em seu selo espiritual, lutavam com Deus, para que o Senhor não permitisse que suas possessões  caíssem nas mãos dos seus inimigos, principalmente naqueles que não conheciam o Senhor, conforme expressam no Salmo 136. O desejo ardente de alcançar as nações e ter o reino de Deus manifesto por toda a terra habitada deve ser o desejo que consome a alma do crente. O evangelista John Knox, clamou intensamente: “Cristo, dá-me a Escócia se não morrerei.”
Como não nos lembrar-mos de David Linsvistong que deixou seu pais, para alcançar a África, perdeu sua esposa para a malária e seu único filho como jantar de uma tribo de canibais. Só e esquecido pelo mundo, penetrou ate os confins do continente africano, abrindo as portas para as missões que viriam após ele. Aos 75 anos de idade, dentro de sua cabana, de joelhos diante do Senhor, com um pedaço de papel exprimido entre as mãos o grande homem de Deus, suspirou e partiu para eternidade, deixando escrito no pedaço de papel, mais profundo desejo de sua alma, que era apresendo a Deus, todos os dias em incontáveis horas de oração: “A África me consumiu a juventude e o vigor, me levou tudo o que tenho, minha esposa e meu filho. Seu calor é insuportável e seus insectos nos incomodam. Mas como viver sem este continente estar lavado no teu sangue. Dá-me a África, ou tira-me a vida, pois não posso mais viver sem ela.”

4.  Apresentar a Deus nossas necessidades: Nossa preocupação não teve estar em nossa necessidades. Pois assim como o Senhor veste os lírios dos campos, e alimentos as aves do céu que não semeiam e nem colhem, nos dará o seu melhor. A presença do seu Espírito (Lc 12.27-32; Mt 6.25-34).
Devemos sim apresenta-las a Deus em oração, pois nosso Pai Celeste é poderoso para supri-las em glória por Cristo Jesus (Fp 6.19). Além disso, Ele “é poderoso para fazer [...] além daquilo que pedirmos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera” (Ef 3.20).
Ao inféns de nos fixarmos em nossa necessidades, intercedamos. Enquanto estivermos rogando por nossos amigos, irmãos e pela obra do Senhor, estrá Ele suprindo cada uma de nossas necessidades.
Não foi exactamente isso que aconteceu com Jó? “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía” (Jó 42.10).

5.  Confessar a Deus nossos pecados e faltas (Dn 9.3-6): Não se limitava Daniel a confessar os pecados de seu povo mas os sentia e os repassava por um pranto incontido de intensa humilhação. Se lermos todo o capítulo nove, ver-nos-emos constrangidos a confessar cada um de nossos pecados e iniquidades. Houve até momentos em que Daniel, especificou um a um os pecados e iniquidades cometidas pelo seu povo.
Ao nos apresentar-mos diante da Majestade Divina, nos deparamos com nossas misérias, e ao confessar nossas culpas, somos envolvidos pelo mando de amor, perdão e misericórdia daquele que se entregou por nós.
A bíblia declara que Jesus é fiel e justo para perdoar todas as nossas iniquidades, na medida em que perdoamos as ofensas daqueles que nos tem ofendidos e nos humilhamos a Deus em oração. Libere o perdão, e confesse a Deus em oração as suas faltas e você subirá as alturas nas asas do espírito. (I Jo 1.7)

III. CULTIVANDO O HÁBITO DE ORAR


John Bunyan, actor do clássico evangélico O Peregrino, faz-nos uma séria observação: “Jamais serás um cristão se não fores uma pessoa de oração”. O próprio Senhor Jesus demonstrou isso, passando incontáveis horas diante do seu Pai em oração. Muitas vezes quando não havia tempo para orar durante o dia, devido as inúmeras necessidades e multidões de pessoas que o Mestre tinha que atender, Ele abnegava seu descanso nocturno, e muitas vezes até mesmo cansado e afadigado, passava noites em claro, em profunda oração. Pois para Ele, orar era mais precioso do que o descanso merecido.
Todavia, de que forma poderemos nós cultivar a prática da oração?

1.  Orar todos os dias: O Apóstolo Paulo ensina a igreja que devemos orar sempre, todos os dias e intensamente (I Ts 5.17). Orar deve ser um desejo constante de nossa alma. Em pé, de joelhos, no quarto, na sala, no auto carro, no metro, a só ou em grupos de oração, caminhando pela estrada ou fazendo os afazeres domésticos, durante o dia ou madrugada adentro, ao romper do dia ou ao cair das trevas nocturnas. Na bonança ou na necessidade, o crente deve estar em constante oração e sempre em contacto com o trono da graça. A bíblia nos diz, que o profeta Daniel orava todos os dias, manhã, atarde e anoite (Dn 6.10).
Assim deve ser nossa conduta como cidadões do reino celestial.

     2.  Sem interferência: O Mestre Jesus nos ensina que á momentos em que devemos entrar em nossa quarto e de portas trancadas, longe de todos e sem sermos incomodados devemos buscar ao Pai em oração (Mt 6.6). Tal prática já era comum para o profeta Daniel (Dn 6.10). Tenha sempre um reduto de oração, um local em que você possa ficar a sós com Deus e desfrutar de um intenso momento de intima comunhão com Ele. O Senhor Jesus por vezes subia aos montes, durante as madrugadas, enquanto todos dormiam e descansavam, Ele a sós com seu Pai, desfrutavam da companhia um do outro.  Tenho estes encontros marcados com Deus, e você verá que antes de chegar ao vosso reduto, Ele já estará lá, ansioso lhe esperando para lhe responder, e anunciar coisas grandes e firmes que não sabes. (Jr 33.3)

 CONCLUSÃO

 A oração move o braço de Deus para operar o seu sobrenatural. O crente que não cultiva uma vida de oração, possui uma vida espirital minguada e sem frutos. Pois Deus age na medida que temos a coragem em pedir, por meio da oração.
É chegada o momento de buscarmos, ainda mais, a presença de Deus (Is 55.6).


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