sexta-feira, 28 de março de 2014
sexta-feira, 21 de março de 2014
DIFERENÇA DE DOGMA, DOUTRINA E COSTUMES
DIFERENÇA
DOGMA, DOUTRINA E COSTUMES
O ponto fundamental de qualquer religião é o seu conceito
acerca de Deus. A teologia define, conceitua e organiza as revelações contidas
nas Escrituras. Os dogmas, as doutrinas e a religião estão interligados de
modo recíproco, de tal forma que é impossível ter um conjunto de doutrinas não
dogmátizadas. Esses termos, ainda correspondentes, não são idênticos. Por
isso, se faz necessário observarmos a diferença, e até mesmo a possível
relação, entre dogma, doutrina, costume e religião.
DOGMA
1.1 Definição
A palavra “dogma” deriva do grego “dokeō”[1], sendo usado no Novo
Testamento com o sentido de “mandamento,
decreto, ordenança” (Lc 2.1; At. 16.4; 17.7; Ef 2.15; Cl 2.14). No aspecto
filosófico, dogma redere-se às “afirmações
doutrinárias que expressam o ponto de vista oficial de um mestre ou escola
filosófica em particular”.
Um dogma religioso é uma verdade bíblica baseada sobre a
autoridade, oficialmente formulada por qualquer assembleia eclesiástica.
A primeira vez que a igreja aprovou declarações “dogmáticas”
foi no Concílio de Nicéia, em 325 d.c, ocasião em que a consubstancialidade do
Filho com o Pai foi declarada como uma confissão de fé.
A consubstancialidade do Filho com o Pai é o dogma
segundo o qual o Pai e o Filho são uma mesma substância, ou seja, iguais, o que
significa que ambos são Deus.
Na Idade Média, a igreja Católica Romana desenvolveu o conceito
do depositum fidei (“depósito de fé”), conceito
este que sustentava que à igreja era confiada um depósito de verdades, cujas
ramificações podiam ser licitamente desenvolvidas pela igreja. Finalmente,
através do Concílio de Trento (1545-63) e o primeiro Concílio do Vaticano
(1870), os pronunciamentos dagmáticos da igreja (católica) passaram a ser consideradas
infalíveis. Então, o dogma era visto, no catolicismo romano, até mesmo antes
desta reforma, como uma verdade cujo conteúdo objectivo é revelado por Deus e
definido pela igreja.[2]
Os reformadores se posicionaram contrariamente a esta
visão católica, e sustentavam que todos os dogmas devem ser confrontados com a
revelação de Deus nas Sagradas Escrituras. Karl Barth disse: “A Palavra de Deus está tão acima do dogma
quanto os céus estão acima da terra”.[3]
Para os reformadores, fé é confiança pessoal em Deus, e
relacionamento com Ele mediante Jesus Cristo, e o necessariamente o as-sentimento
àquilo que a igreja ordena que seja crido.[4]
Dogma veio significar uma sentença de verdade
doutrinária. Este, por sua vez, foi reconhecido como sendo de alto valor
eclesiástico, sem, contudo qualquer reivindicação à infalibilidade.
1.2 Credo Dogmático
Credo[5] dogmático[6] é uma declaração da
doutrina tal como diz as Escrituras Sagradas. O credo dogmático, determinada
pela sã doutrina, é um fundamento indiscutível da teologia cristã. Apesar de
exis-tirem fragmentos do Credo dos Apóstolos, a primeira declaração dogmática
universal ocorreu em 325 d.c., no Concílio de Nicéia, onde o Filho foi
declarado igual ao Pai.
1.3 Dogmas Heresiológicos
Dogmas Heresiológicos são afirmações contrárias às Escrituras.
Muitas declarações dogmáticas são propensas a distorcer as escrituras. Alguns
exemplos são:
a) Dogma ariano (325
d.C)
Nega
as duas naturezas de Cristo.
b) Dogma mariológico (Concílio
de Latrão – 1198)
Afirma
que Maria é sempre virgem e mediadora.
c) Dogma Russelita (Testemunhas
de Jeová)
Afirma
que Satanás deu origem à doutrina da Trindade.
DOUTRINA
A palavra “doutrina” procede do grego “didaskō”[7] e significa “ensino ou
instrução”.
Doutrinas não verdades fundamentais da Bíblia, dispostas
de for-ma sistemática. São revelações da verdade como se encontra nas Escrituras.
O Novo Testamento usa o termo de forma genérica para referir-se a qualquer
tipo de ensino ou instrução. Como por exemplo:
a) Doutrina
dos fariseus (Mt 16.12);
b) Doutrina
dos homens (Mc 7.7);
c) Doutrina
dos apóstolos (At 2.42);
d) Doutrina
de demônios (1 Tm 4.1);
e) Doutrina
de Deus (Tt 2.10);
f) Doutrima
de Cristo (2 Jo 9).
Entretanto, há um
padrão doutrinário estabelecido pelos apóstolos, conhecido como “sã doutrina”
(1 Tm 1.10), “boa doutrina (1 Tm 4.6), “doutrina de Cristo” (2 Jo 9). Quando
estudamos o texto de Hebreus 6.1-2 que entendermos tratar-se de uma forma
universal e sistemática das doutrinas de Cristo.
DOGMA
|
DOUTRINA
|
É a
declaração do homem a-cerca da verdade apresentada em um credo:
a)
Pode ser humana ou influ-ência demoníaca (1Tm 4.1; Cl
2.22);
b)
Seus assuntos podem se contrapor;
c)
Quando não enganosa, é suscetível ao erro;
d)
Alguns dogmas baseiam-se em interpretações equi-vocadas
dos textos das Escrituras, sendo, muitas, vezes, desprovi-dos do a-val das
mesmas (2 Pe 1.20);
e)
É a declaração do homem acerca da verdade.
|
É a
revelação da verdade so-bre um tema teológico em par-ticular, como se
encontra nas Escrituras:[1]
a)
É divina (2 Tm 3.16; 2Pe 1.19-21);
b)
É coerente nos assuntos (Jo 10.35);
c)
É verdadeira (Sl 119.86; Jo 17.17);
d)
Existe a aprovação das Escrituras e do Espírito Santo
(1 Co 2.4-10);
e)
É a revelação de Deus e seu relacionamento com suas
criaturas expostos nas Escrituras.
|
COSTUME
O termo “costume”, como o conhecemos, deriva de dois termos
latinos: “com”, que significa totalmente; e “suescere”, que significa
acostumar-se com. Logo, temos a definição “algo que alguém fica acostumado”. O
correspondente em grego é “ethos”[9], de onde deriva a pa-lavra
ética, que significa a conduta costumeira de um povo.[10]
Seguindo uma definição do dicionário, os costumes, numa sociedade
específica, são práticas de comportamentos prescritos, do ponto de vista moral.
Atitude ou valor social consagrado e que se impõem aos indivíduos do grupo e
que se transmite através de gerações.[11]
A partir dessas definições podemos concluir que “costume”
é tudo aquilo que um grupo, a partir de uma evolução histórica-cultural, acredita
e afirma ser a melhor forma de conduta e comportamento para o coletivo,
regendo, assim, a vida disciplinar diária daquela sociedade.
Podemos ainda avaliar, a partir da análise de Champlin[12], a conceituação de
costumes segundo as ópticas filosóficas e religiosas.
Vejamos:
a) Na Filosofia
De
acordo com as teorias humanistas e relativas, os cos-tumes formariam a base da
ética. Dentro da teoria do com-sensus
gentium (consenso comum), os costumes dos povos formar-se-iam mediante consenso
coletivo, porquanto refle-tiam as leis naturais e a verdade. A partir desta teoria,
algu-mas sociedades tendem por considerar os seus costumes como se fossem
universais. No entanto, a ética absolutista e ateísta nega que os costumes
sejam a base da verdadeira a-ção ética. Antes, essa base vem de alguma fonte
externa ao homem, como por exemplo, Deus e a Bíblia, de tal modo que os homens
receberiam as regras do certo e errado da parte de algum poder mais alto do que
eles, e não dos costumes fixados através das experiências do dia-a-dia.
b) Na Religião
O
costume é uma questão meramente humana, embora pos-sa estar apoiada nas leis
naturais e nos impulsos da consci-ência, estando assim em harmonia com a vontade
de Deus. Por outro lado os costumes podem ser totalmente perversos,
acompanhando a natureza pecaminosa do homem. Por conseguinte, um dito popular,
que peca pela raiz, é aquele que diz: “A voz do povo é a voz de Deus”. Na
verdade, em face da natureza pecaminosa e rebelde do homem, definitivamen-te a voz do povo corresponde a voz de Deus;
antes, geralmente contraria a vontade revelada de Deus. É precisamente por
isso que o evangelho é pregado ao mundo inteiro, conclamando os homens ao
arrependimento, ou seja, à mudança de atitude mental.
A
ética alicerça-se sobre as leis naturais e sobre a revelação divina, mas jamais
sobre os costumes sociais, partem eles de onde partirem. Podemos então perceber
que um costume geralmente é um conceito que parte do censo comum, mas isso não
significa que seja a verdade Absoluta.
De
forma alguma estamos sugerindo que o costume gire sempre em torno do erro. O
que pretendemos afirmar é que o costume jamais estará acima da verdade
Escriturística, e sim que ele apenas é básico para elaboração de um sistema ético.
Se assim não for, os costumes tornam-se dogmas, fazendo, assim, os conceitos serem
obrigatórios, autoritários. A verdade é sempre maior do que qualquer costume.
Infelizmente,
não são todos que compreendem este fato e acabam por tornar os seus costumes
como sendo “a verdade”, passando a fazer com que estes sejam a tradição de
determinado grupo. A questão da tradição vem à tona, na presente discussão,
porque todas as denominações são, na verdade, resultantes de tradições que
professam.
O
teólogo Antônio Gilberto, com maestria, nos aponta pelo menos três diferenças
básicas entre doutrina bíblica e costumes humano, quais sejam:
Quanto
à origem
|
A doutrina é divina;
O costume é humano;
|
Quanto
ao alcance
|
A doutrina é universal;
O costume é local;
|
Quanto
ao tempo
|
A doutrina é imutável;
O costume é temporário;[13]
|
É certo que as
doutrinas bíblicas geram os bons costumes, mas os costumes não geram doutrinas
bíblicas. Há igrejas que têm um somatório imenso de bons costumes, mas são
rasas no conhecimento das doutrinas. O prejuízo desse comportamento é que seus
membros naufragam com facilidade no mar de heresias, justamente por não terem
o lastro espiritual da Palavra.
RELIGIÃO
No grego do Novo Testamento, o vocábulo “thrēskeía”[14] é traduzido por
“religião” (At 26.5) e “culto” (Cl 2.18). Lactâncio, antigo escritor cristão,
afirmou que a palavra “religião” era procedente do verbo latino “religare” que
significa “tornar a ligar” e traduz a ideia de um “religamento das relações
rompidas pelo pecado entre o homem e Deus”. Entretanto, essa afirmação tem sido
contestada, pois segunto Teixeira, o particípio de “religare” dá o sentido de
“pessoas piedosas, prestando culto e reverência a deuses”, o que este
relacionado com o significado do original grego.[15]
Isto posto, religião
relaciona-se às atividades que liga o homem a Deus numa determinada relação (At
25.19; 18.15; 26.3,5; Tg 1.26,27).
Relação Entre Teologia e Religião
Teologia é o conhecimento acerca de Deus, enquanto que
religião é a prática que formalizou esse conhecimento. Religião e Teologia devem
coexistir na verdadeira experiência cristã; todavia, na prática, às vezes
acham-se distanciadas de tal maneira que é possível ser teólogo sem ser
verdadeiramente religioso e, por outro lado, ser verdadeira-mente religioso sem
possuir um conhecimento sistemático doutrinário.
“Se
conheces estas coisas, feliz serás se as observares”, é a
mensagem de Deus aos que lidam com a Teologia.
“Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade.” (2 Tm 2.15); é a
mensagem de Deus ao homem espiritual.
ESTUDO EXTRAÍDO DO LIVRO TEONTOLOGIA
CURSO DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA, IBT
Por Pr Eduardo Rodrigues
Lisboa - Portugal
[1] Idealmente, a doutrina é formada com o intuito de ser fiel às Escrituras e ao mesmo tempo dar atenção às tradições da igreja. Cf. GRENZ, J. Stan-ley; GURETZKI, David. Dicionário de teologia: mais de 300 conceitos teológicos definidos de forma clara e concisa. São Paulo: Vida, 2000. p. 42.
[1]
δοkέω
(dokeō) pensar, crer, supor,
considerar, conforme podemos observar nos seguintes textos: Mt. 3.9; Lc 24.37;
1 Co 3.18; Hb 10.29. O termo pode significar “parece-me melhor, eu resolvo ou
decido” (Lc 1.3). Cf. GINGRICH, F. Wilburt; DANKER, Frederick W. Lé-xico do N.T: grego/português. São
Paulo: Vida Nova, 1984. p. 58.
[2]
Cf. MCKIM, D.K. Dogma. In: ELWELL,
Walter A. (ed) Enciclopédia historico-teológica
da igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, 1988. V 1 (A-C). p. 490.
[3]
Cf. BARTH, Karl. Apud MCKIM, D.K.
Dogma. In: ELWELL, Walter A. (ed) Enciclopédia historica-teológica da igreja
cristã. São Paulo: Vida Nova, 1988. V 1 (A-C). p. 490.
[4]
Cf. MCKIM, D.K. Dogma. In: ELWELL,
Walter A. (ed) Enciclopédia historica-teológica
da igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, 1988. V 1 (A-C). p. 490.
[5]
Credo: termo oriundo da palavra latina credo
(creio); trata-se de uma declaração da fé cristã. Primordialmente, o propósito
dos credos era de apresentar uma súmula da doutrina cristã. Posteriormente, os
credos tornaram-se ferramentas para instruir os novos convertidos, para rebater
as heresias e até mesmo para serem usados no culto. Há três famosos credos que
foram estabelecidos durante os cinco primeiros séculos da história
eclesiástica, que são: credo Apostólico, o Credo de Niceno e o Credo de
Atanácio. Cf. GRENZ, J. Stan-ley; GURETZKI, David. Dicionário de teologia: mais de 300 conceitos teológicos definidos
de forma clara e concisa. São Paulo: Vida, 2000. p. 32.
[6]
A dogmática é uma das mais tradicionais disciplinas da teologia cris-tã. Sua
tarefa especial é a implantação crítica das doutrinas da fé da igreja à luz de
nosso conhecimento a respeito das origens do cristianismo e do desafio
representado pela situação contemporânia. Cf. BRAATEN Carl E.; JENSON, Robert
W. Dagmática cristã. São Leopoldo:
Sinobal, 1990. p. 29. Na ortodoxia oriental, dogmas são ensinos oficialmente
aceitos pela igreja, e não meras teo-rias desse ou daquele teólogo. Cf. GRENZ,
J. Stanley; GURETZKI, David. Dicio-nário
de teologia: mais de 300 conceitos
teológicos definidos de forma clara e concisa. São Paulo: Vida, 2000. p. 42
[7]
Διδάσkω
(didaskō), ensinar (Mt 1.21; At 15.35; 1 Co 11.14). O termo possui a mesma raiz
de didakhê (διδαχή), “ensino como uma actividade, instrução”.
Em sentido passivo significa “o que é ensinado”, “ensino”, “instrução”. Deste
termo é formado didaskalos (διδάσkαλος),
“mestre” ou “professor” (Rm 2.20; Hb 5.12); didaktos
(διδαkƮός), “ensino” ou ”instruido”; didaktos
(διδαkƮός θϵοv), isto é, “ensinado por Deus” (Jo 6.45). Cf. GINGRICH, F. Wilbur; DANKER,
Frederick W. Léxico do N.T: grego/português.
São Paulo: Vida Nova, 1991, p. 56.
[8]
Idealmente, a doutrina é formada com o intuito de ser fiel às Escri-turas e ao
mesmo tempo dar atenção às tradições da igreja. Cf. GRENZ, J. Stan-ley;
GURETZKI, David. Dicionário de teologia:
mais de 300 conceitos teológicos definidos de forma clara e concisa. São
Paulo: Vida, 2000. p. 42.
[9]
ἒθος
(ethos) hábito, costume, uso. Cf. GINGRICH, F. Wilbur; DANKER,
Frederick W. Léxico do N.T: grego/português.
São Paulo: Vida Nova, 1991, p. 56.
[10] Cf. CHAMPLIM, R.N; BENTES, J.M. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia.
São Paulo: Candeia, 1991. V1 (A-C), p. 944.
[11]
Cf. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo
Dicionário da língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1986. p. 490.
[12]
Cf. CHAMPLIM, R.N; BENTES, J.M. Op. cit. p. 944.
[13]
GILBERTO, Antônio. Manual da Escola
Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1995. p. 85.
[14]
θρησkϵία
(thrēskeia), religião ou culto, Cl 2.18 e Tg 1.26. Cf. GINGRICH, F.
Wilbur; DANKER, Frederick W. Léxico do
N.T: grego/português. São Paulo: Vida Nova, 1991, p. 98. Thrēskeía
é o termo empregado para classificar ritos e leis que regem uma sociedade
religiosa (At 26.5) e atos filantrópicos (Tg 1.26,27). Cf. ESCOLA PREPARATÓRIA
DE OBREIROS SILOÉ – EPOS.
Heresiologia. Joinville: Equipe de Pesquisa, 2002. p.11.
[15]
Deve-se observar que a etimologia latina desta palavra difere de au-tor para
autor. Para Cécero, ela vem do latino religio e deriva-se do verbo relegare
ou seja, reler, que significa cuidadosa reconsideração e profunda
concentração da mente em objetivo ou de culto externo, chama-se latreia
– Culto (ver Rm 12.1) e thrēskéia – religião (Tg 1.27); no sentido
subjetivo, chama-se pistis – fé; enquanto
que eusebeia – piedade (1 Tm 4.7,8) inclui o sentido
dos dois grupos de palavras. Thrēskeía pode significar religião
real, mas refere-se mais a organização exterior, enquanto eusebeia
indica uma relação pessoal e real com Deus e só se refere a uma comunidade
quando esta é composta de verdadeiros adoradores. Cf. TEIXEIRA, Alfredo B. Dogmética evangélica. 2. ed. Rio de
Janeiro: Editora Pendão Real, 1976. p.43.
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